giovedì 6 marzo 2014

Sopa japonesa de raiz de lótus e vieiras e o golpe da Lótus




Há dias em que tudo dá certo e outros que nem tanto...

É o dia da viagem e já acordo irritada, dormi mal, estou ansiosa e não tive tempo de lavar o cabelo, mas prossigo colocando os últimos ítens na mala.
Malas na estação às 15:00.
Tomo um café, mal consigo engolir aquele pão de arroz, parece insosso, carrego o mp3, o celular antigo (caso falte bateria por ouvir música do mp3) e carrego o celular novo, que gasta muita bateria por causa do joguinho de video-game. Ok: "Safo".
Dou um jeito na necessaire, aquela que vai a bordo, separo a roupa que viajarei e tiro o pijama.
Estou fechando a mala, separo os documentos que levarei à estação: passaporte, halb-tages karte, passaporte....Ah, sim, já peguei o passaporte e coloco-o no bolso esquerdo do casaco...
 Saio de casa às 14:30...Tenho até as três, mais ou menos, antes de entregar o carro para o "papito"(1-2-3)...
Despacha as malas, volta pra casa, toma banho, se maquia, passa os documentos do casaco para a carteira e mochila, tira os cabos da corrente elétrica, mete tudo na mochila, separa a necessaire de bordo com o mp3 e o celular.
Toma um prosecco com a sogra e espera dar sete da noite para o papito (1...2..) levar-nos à estação...

Chego à estação, tenho dez minutos até o trem chegar, despeço-me do "papito" desejando-lhe "tante belle cose", faço os bilhetes.
Dirijo-me ao binário, o trem chega e tenho 2 minutos até que o trem saia...De repente, meu cérebro resolve lembrar-me que o passaporte....Ah, o passaporte....jaz no bolso "Esquerdo" do casaco, que está em casa...Desespero... O trem sai...e eu não entro.
Ligo para o papito, que já estava com as pernas sobre a mesa assistindo tv e no seu ápero, enlouquecida, com uma estranha sensação de perder o avião, e ele chega com meu passaporte 10 minutos depois.
Subo no trem, vou ao vagão restaurante e tomo um prosecco pra relaxar...

Subo no avião, tudo deu certo, que sorte!
Os motores são acionados:
-Embarque encerrado.
-Check de portas.
-Portas fechadas.
-Partida autorizada, que nada, reiniciam os motores...
Os motores não funcionam....
15 minutos se passam, e pela janela eu vejo o rapazinho do cone, recolocá-lo embaixo da asa...
-Não quero mais viajar, pânico...
Os motores não reiniciam...temos que sair do avião, a cia. aérea vai alojar-nos em um hotel e pela manhã partiremos....

Menos mal que não estávamos, já, no ar, por que uma vez sobrevoávamos salvador (BA) quando o avião fez um "C" invertido...voltávamos para Guarulhos.  
Perdera uma das turbinas.

E eu chego em casa, com aquela canseira toda, mas sobretudo uma vontade enorme de ver minhas plantas e uma curiosidade especial em relação à uma planta de Lótus que comprara fazia umas semanas nas ruas de São Paulo, e eu sempre quisera uma lótus. Por tê-la visto ornamentando o hotel mukdara, em Kao-lak (Tailândia) e porque tenho umas estátuas do Budha no meu jardim. Nada mais apropriado.

Mas, durante minha ausência um temporal derrubara o toldo vertical da varanda, parte do plástico caíra sobre o vaso da "Lótus", encobrindo-a parcialmente. Versando boa parte da água para fora, deixando apenas um fio de sobrevivência e fazendo uma espécie de sauna ali dentro....Quase 100% da planta estava queimada...
Um chororô de desespero:-"Uma planta tão rara"- Pensei....
Semanas mais tarde a planta recupera-se e dá uma flor, era bonita, mas não parecia uma lótus.

Foi aí que descobri o golpe da lótus em São Paulo, os caras pegam uma espécie de  aguapé, uma flor de Nymphea e vendem como Lótus :(

Ok, mas o fim da história é que meses mais tarde meu querido amigo Lê, manda-me sementes verdadeiras de Lótus nenufar, ainda não as plantei, mas por conta já sei o que fazer com suas raízes secas, ou em natura, por enquanto compradas em lojas de artigos orientais.
A vida é isso aí...

Esta é uma sopa de sabor delicado, de origem japonesa.
Leva caldo dashi, que são flocos secos de bonito, que lhe confere um sabor ainda mais especial.
Eu a servi como prato principal mas você pode serví-la como entrada, por conta da leveza.




 Sopa japonesa de raiz de lótus e vieiras



Raiz de lótus em natura, se usar as raízes secas não será possível fazer os bolinhos (como aconteceu comigo)
200 gr de vieiras descongeladas
2 colheres de sopa de sal

16 shitake cortados em quartos (2xícaras)

1 cenoura cortada em rodelas

1 litro de caldo dashi

4 colheres de sopa de shoyu

Raspas de limão

Sal a gosto



Preparo

Tire a pele da raiz de lótus e rale fino, aperte com a mão para drenar seu líquido

Tempere as vieiras e grelhe até dourar.

Aqueça 1 colher de óleo em uma frigideira grande e refogue os shitake até que estejam macios, em fogo alto.

Passe os shitake para uma bacia e misture a raiz de lótus, misture bem e molde bolinhos , coloque em um escorredor para drenar o líquido e deixar os bolinhos secos.

Aqueça, em uma panela, uma quantidade suficiente de óleo e frite os bolinhos por 3 a 4 minutos, até que fiquem dourados.

Leve uma panela com água ao fogo, quando ferver coloque a cenoura e cozinhe por 3 a 4 minutos, retire a cenoura com a ajuda de uma escumadeira e volte a panela ao fogo.
 Misture o pó de caldo dashi á agua e adicione o shoyu, prove e tempere com sal, assim que ferver desligue.

Sirva em pratos individuais: colocando os bolinhos, a cenoura e versando um pouco do caldo bem quente.
Finalize com raspas de limão a gosto.












Poderá também gostar