mercoledì 2 luglio 2014

Churrasco brasileiro e mousseline da batata-salsa e adeus de copa


Papo de mãe e filha:
-Estou torcendo para que a Suíça mande a Argentina pra casa, afinal meu segundo país.
-Ah, eu também, torcendo por causa do Shakiri, tão bonitinho, que mande aquele zé mané do Messi pra casa.
-Acho que as duas seleções jogam no mesmo nível, seleções de um homem só. De um lado os argentinos sem muita criatividade e apostando em um só homem, quando muito no Di Maria e do outro lado a Suíça de Shakiri, e sem muitas finalizações.
Responde minha mãe:
-É verdade, mas que seria lindo, ah, seria.
-Seria um sonho. Replico.

Na verdade não foi justo, o que se viu foi um desperdício atrás do outro da parte da Suíça. Que pena, grande, enorme.
Tipo de pena que só uma copa do mundo pode causar, só jogos assim despertam sentimentos do tipo: " Vai pra casa Argentina, não merece"...
E pensar que eu não paro pra ver jogo, mas esse eu parei, e até marejei os olhos naquela última cobrança que acabou na trave.

Que pena.

Você não precisa ser uruguaio ou paranaense pra fazer um bom churrasco.
Em Montevidéu, Uruguai,  sempre comemos bem, a carne é magnífica, maravilhosa, faltam adjetivos.
Foi uma grande escola ir ao mercado central de Montevideo. Ver a parrilla inclinada para que os sucos da carne não entrassem em contato com a brasa, evitando a formação de hidrocarbonetos, a lenha no lugar do carvão.

Pausa para a comemoração do gol da Bélgica sobre os Estados Unidos....
Mais um time voltando pra casa.

Pausa para fazer  o jantar, e abrir um vinho italiano, mescla de negroamaro. E o vento gélido lá fora, só lá fora.
Cardápio de hoje: pasta com camarão rosa e molho invertido de congrio ( ao invés de congrio ao molho de camarão) e salada, depois de passar o dia no sufoco torcendo pela Suíça, trabalhando feito doida e fazendo pão de nozes, banana e buttermilk..

Compre uma carne de boa procedência, ou seja, pode ser orgânica, uruguaia, mas não vale aquela da propaganda-assalto-à-inteligência-humana.
A capa de gordura é muito importante, é ela que vai conferir maior sabor na hora de ser assada.
Se comprar um filé de entrecôte ou uma peça alta de contra-filé de novilho corte na transversal, deixando a capa de gordura para cima, isso não se aplica à picanha, já que suas fibras estão na diagonal.
Tempere com sal rosa, bastante alho moído e alguma cebolinha picada, finalize com um pouco de azeite aromatizado de sua preferência ou óleo de oliva. Eu uso algumas gotas de azeite de oliva aromatizado com trufas mas você pode usar o que quiser.

Eu já vi chefe mandando a carne por 5 minutos ao forno antes de ir para a churrasqueira.
Já vi gente molhando ramos de ervas no suco da carne e pincelando os cortes na grelha, essa técnica eu já provei mas acho que a fumaça desprendida pelas gotas que caem na brasa não são muito saudáveis.
Enfim, há muitas técnicas diferentes, mas o que vale mesmo é a qualidade do corte.

Prepare o fogo com um pouco de carvão e um pedaço ou dois de lenha (não-tratada), não precisa ocupar toda a churrasqueira de carvão, abasteça a brasa na medida em que as chamas forem baixando, a carne deve ser assada com as brasas vivas e pouca chama, ou a carne tende a queimar.

Para acompanhar eu faço uma musselina de batata-salsa, incrementada com uma colher de sopa de creme de leite fresco, raspas de gengibre e finalizadas com farinha de pistache.



Para de fato ser uma mousseline coloque na garrafa de chantilly e uma cápsula de gás.

Eu não desperdicei minhas cápsulas de gás pois o mixer já deu conta do recado.

Para acompanhar um novo vinho, de uma velha e conhecida uva:
Sonetto, Primitivo di Manduria.




                                             














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