venerdì 1 giugno 2012

Pão rústico de nozes e uma volta ao passado...




Ando bailando pelos ares, pois nunca fui óbvia.
Como imaginárias fadas que vivem onde cresce o musgo e cogumelos,
úmidos tapetes verdes que cercam rizomas de samambaias semi-extintas.

Onde as folhas morrem no barro molhado e lúcido da floresta densa e escura, farfalham borboletas brancas e azuis, os colibris ciciam, arrulham pombos, trinam os sabiás.
Nasceram os araçás, laranjeiras, macieiras, pessegueiros e até a romã.
Rosas de todas as cores, ameixeiras e uma majestosa dália.
A uva, o pessegueiro.
Temperos, tinha até milharal.
O grande abacateiro, a uva-do-japão.
O pé de marmelo.
O caqui, vermelho e suculento.
O rio de pedras roliças, grande guerreiro, conhecedor de cada pedaço de terra por onde passou, silenciosa testemunha dos dias, agora jaz, enterrado sobre o cimento e o asfalto de toda a construção que veio em cima. E, assim como ele, morreram também todos os seres daquele lugar, pessegueiro, abacateiro e outras 80 espécies. Massacrados pelo concreto, "desenvolvimento" da cidade e pisoteados diariamente por mais de 240 famílias que vivem ali. Aí estive por toda uma infância

Compraram uns cem metros quadrados dos mais de 3.000m2.
E hoje, debruçam-se em suas varandas e admiram os vizinhos e suas minúsculas propriedades.
Não podem imaginar que ao tomarem a direção norte, abaixo de seus narizes houvera, ali,  um forno, onde minha avó fizera de seus pães a minha glória presente.




Eu gosto de fazer pão, ainda que seja um árduo labor, principalmente rústicos.
E, quando falo rústico, não pode haver a interpretação de algo feito com instrumentos rudimentares ou menos zelo, o mundo lentamente volta a ser analógico e esse é um prognóstico tão pessoal quase uma previsão que prego diariamente.
Assar um pão, por um momento foi voltar ao passado e rever a brasa incandescente do forno de minha avó e todos os aromas daquela lenha que rescendia pelos ares  do inverno ou do verão.

Os ingredientes, aqui, foram selecionados com um cuidado, farinha de trigo e centeio integrais, mel e àgua, só, ao som de Glen Miller e John Barry...











Pão de nozes e  centeio:

porção: 1
tempo de preparo 2 horas

240 g de farinha de trigo integral
1 colher de sopa de mel
160 g de centeio integral
1/4 de colher de chá de sal
1/2 tablete de fermento  biológico fresco
2 colheres de sopa de nozes picadas grosseiramente




Preparo

Junte as farinhas, misture bem e então agregue o fermento, com a ponta dos dedos
até esfarelar por completo.
dilua o sal e o mel na água e incorpore à massa.

Coloque a mistura na bancada e sove por uns 13 minutos ou na batedeira, com o gancho, por uns 10 minutos e misture as nozes, picadas.

Coloque a massa em uma tigela e deixe crescer por no mínimo 1h 30 minutos, coberta com panos ou em uma temperatura superior a 23° C, até que dobre de tamamho.

Pré aqueça o forno a 250°C

Sove mais um pouco a massa, por uns 2 minutos até tirar o ar e coloque essa massa, em forma de bola em uma prato de cerâmica, que tenha um desenho no fundo, ligeiramente enfarinhado, deixe crescer por mais uns 20 minutos.

Polvilhe um pouco de farinha em uma assadeira  e vire a massa, revelando a parte desenhada para cima, com uma faca bem afiada recorte os desenhos relevantes, mas não faça sulcos muito profundos.
Coloque em assadeira levemente enfarinhada, asse por 25 minutos a 200°C.





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