Adoro definir o comportamento das pessoas e tenho observado nos últimos anos o quanto a agressividade e o desrespeito tomaram o lugar de gentileza e dulcilidade no cotidiano das pessoas, aqui e em alguns países também.
O trânsito é um exemplo:
As propagandas de carros nos anos 50 enfatizavam a sensação de férias, de convívio social e expressavam bem o estilo de vida das pessoas, naquela época as pessoas pareciam felizes e quem viveu essa época garante a máxima "Éramos, sim, mais felizes"
Eu acredito muito nisso, pra começar o modelo de educação no Brasil dos anos dourados era muito melhor que o atual.
Tanto na escola quanto em casa parece que havia mais ordem.
A educação distingue melhor o nível social das pessoas.
Afinal de contas o dinheiro compra o ticket aéreo a New York, compra até o ingresso do MoMA mas não compra a compreensão de Kandinsky. Tudo evoluiu e parece-me que a educação regrediu
Tudo evoluiu e a falsa sensação de poder de compra aumentou. E, comprar um carro tornou-se algo como atingir um determinado nível social muito parecido com o estranho simbolismo das bolsas estampadas de letrinhas....
Já faz uns anos que as montadoras usam a agressividade como sinônimo de robustez e virilidade. Então a violência simboliza o poder e no mundo do "eu posso tudo", arrancar o caixa eletrônico não é crime.
Também é tolerável a individualidade de cada motorista, ouvir música que incomoda todo mundo, ser irresponsável, não saber estacionar, entre outras barbaridades...
E..como dizia o menino de outro blog: "Mas nãooo, o Brasil é um país bom pra ca****o!!
Já essa imagem mostra bem o novo focinho das pessoas, quero dizer, dos carros. Esse auto, preto, é um conceito de bmw, observe as linhas agressivas, provavelmente o designer inspirou-se em algum animal, um réptil talvez, para chegar a esse render . Omiti a foto de um Hummer, aquele carro que parece ter saído da guerra no deserto direto para as ruas, primeiro que não entendo o motivo de se comprar um carro que mal cabe nos estacionamentos, ocupa fácil duas faixas nas vias, consome muito combustível e custa muito mais daquilo que alguém precisa gastar, a única alternativa que me resta é pensar que o dono desse automóvel quer causar a sensação de pisoteamento. Eu até lembro de uma historinha sobre a hummer, quando visitei o Equador, anos atrás e fomos de carro até o balneário de montañitas.
A estrada, de chão batido, passava por pequenos vilarejos paupérrimos e eu nunca havia visto tanta pobreza antes. Algo realmente além do inaceitável.
Cheguei em montañitas apenas para uma volta, não quis ficar, estava bastante chocada.
No retorno para Guayaquil, na mesma estrada, uma Hummer passou pelo mesmo vilarejo em alta velocidade, levantando aquela poeira sobre as pessoas, crianças que corriam de um lado para outro, nuas e barrigudas, porcos soltos e sujos de lama, cachorros em pele e osso e aquelas mulheres indígenas, de pele rachada, sentadas à beira da estrada-casa com o olhar duro e morto. Não entendo até hoje como o motorista da Hummer em alta velocidade pôde estar conformado com a situação à sua volta.
Como pôde, como pode?
Mas, então é natal....
Mesmo não havendo esperança para um ano melhor, para um feriado sem acidentes, para que as doações alcancem os necessitados, ainda assim é natal.
E, entrando na série natalina com um pouco de atraso, trago a receita de doces fáceis de serem executados em uma tarde qualquer, de um dezembro qualquer.
Barrinhas de caramelo e nozes
3/4 de xícara de manteiga amolecida
1/2 xícara de açúcar mascavo (aperte bem para medir)
1/2 colher de chá de essência de amêndoas
1 1/2 xícara de farinha de trigo
Caramelo
.1 xícara de manteiga 1 1/2 xícara de açúcar mascavo
.1/4 de xícara de mel
.1/4 de xicara de xarope de milho (tipo karo)
.1/2 colher de cha de essência de baunilha
.1 xícara de castanhas-do-pará, picadas grosseiramente
.1 xícara de nozes pecan ou californianas picadas grosseiramente
alternativamente pode-se usar nozes, avelãs e amêndoas
Preparo
-Pré aqueça o forno a 180°C
-Em uma tigela bata a manteiga (3/4 de xic.), 1/2 xícara de açúcar mascavo e a essência de amêndoa, com a batedeira em velocidade baixa até formar um creme suave. Ainda com a velocidade baixa incorpore aos poucos a farinha de trigo até formar uma farofa fina.
-Unte uma assadeira rasa de 20cm x 30 cm, com óleo vegetal, forre com papel alumínio e pressione a massa na assadeira cobrindo todo o fundo.
-Asse no forno a 180°C por 20 minutos ou até estar dourado claro.
-Enquanto assa faça a cobertura.
em uma panela pequena cozinhe os ingredientes para o caramelo: a manteiga, o mel, o xarope de milho e a baunilha, mexa sempre por uns 15 minutos até formar um fio cremoso e longo quando derramado da colher, desligue tire a panela do fogo.
-Retire a assadeira do forno e salpique as nozes e castanhas por toda a massa, derrame o caramelo sobre as castanhas e volte ao forno por mais uns 15 minutos. Eu deixei menos.
-Espere esfriar completamente antes de cortar.
-Divida a massa em seis linhas horizontais e seis verticais e corte com auxílio de uma faca para pão.