mercoledì 28 maggio 2014

Linguado recheado com ora-pro-nóbis e espinafre -"xô anemia"



Você já parou pra pensar quanta gente do seu círculo de amizades está doente? Quando você conversa com as pessoas sempre tem alguém que está com câncer e eu penso que isso não é normal, o que acontece com o mundo hoje em dia?

Sem uma política adequada de incentivo à agricultura orgânica, altos impostos e altos valores de insumos resta-nos verduras, legumes e frutas mais baratos e cheios de agrotóxicos.

Não vou entrar numa discussão sobre tudo aquilo que está errado no país, pois a lista é muito longa, nem vou entrar na polêmica da indústria alimentícia e da farmacêutica, mas enquanto muitas pessoas sofrem a solidão de um tratamento quimioterápico  algo pior acontece por dentro, vão-se os dedos e ficam os anéis, ou seja, são destruídas as principais respostas imunológicas e muitas vezes instala-se aquela anemia.

Eu sempre acho que investir em bons ingredientes e alimentos orgânicos não é luxo, ao contrário do que muita gente pensa, chama-se poupança da velhice feliz.

Você faz assim, começa comprando um bom azeite de oliva, descarta a margarina, troca por manteiga, passa a comer mais aveia com frutas, procura a gôndola de orgânicos do supermercado e faz uma horta em casa. Pode ser em vaso, qualquer planta bem cuidada vai lhe agradecer a "oportunidade de vida" presenteando com seus frutos.

Eu descobri a "ora-pro-nobis" em uma viagem a Minas, faz uns cinco anos, era um restaurante na estação de trem, lembro até hoje aquele frango ensopadinho com aquela folha verde brilhante e levemente amarga, coisa dos deuses, e eu que nunca gostei de coisa amarga (como o jiló) passei a amar.
Todo mineiro que eu conheci, desde então, e que estava de malas prontas pra qualquer feriado em Minas eu ia logo pedindo "Traz ora-pro-nóbis pra mim", mas ninguém conhecia a dita, nunca ouvira sequer falar a respeito. Até que um dia, numa viagem do meu marido pra Minas, pedi novamente a folha, mesmo sabendo que isso custaria uma peregrinação por algum mercado central de BH.
E lá foi ele, com um amigo mineiro, que também não conhecia a planta. Trouxe uma sacola de folhas e uma pequena muda.
A pequena muda, já passou por quatro podas

A pequena muda.

Já passou por quatro podas, virou uma espécie de cerca intransponível por conta de seus espinhos e agora tento mantê-la com um aspecto de planta ornamental, nunca deixei crescer a ponto de ver sua floração, mas sei que suas flores são de rara beleza.

A carne dos pobres, uma fonte de ferro capaz de aplacar uma anemia das mais fortes, deve ser refogada rapidamente ou então seca e moída vira uma ótima farinha para pães, massas, tortas. Ainda confere uma cor verde aos alimentos.
Uma rápida pesquisa no google e achei coisas maravilhosas sobre essa planta.
 Coloquei como recheio no linguado, mais o espinafre, tudo cru.
Temperei com azeite de semente de uva, sal, tomilho-limão, folhas de manjericão, alho picado.
Coloquei em um refratário, or rolinhas de linguado foram espetados com palito, por cima dois tomates pelados amassados com um garfo para que virassem uma pasta.
Assei por 15/20 minutos em temperatura alta, para não soltar tanta água.
Assim que tirei do forno espalhei pedaços de mozzarella de búfala, para que derretessem com o calor e conferissem um "plus" ao prato.

Fica delicioso, da próxima vez farei uma mudança, passarei os rolos de peixe em um pouco de gergelim, mas nano o tostado, para não queimar.






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